‘The Last Dance’ segue encantando os fãs de basquete. A série, que retrata a carreira de Michael Jordan e o Chicago Bulls, teve dois novos episódios exibidos no último domingo (3) nos Estados Unidos, e prontamente disponibilizados na Netflix brasileira nesta segunda-feira.
Os episódios 5 e 6 exploram bastante a figura de Mike como uma marca. Todo o seu envolvimento com a Nike, criação do Air Jordan e o impacto cultural ao ponto do Atlanta Hawks decidir por transferir um de seus jogos contra o Bulls para o Georgia Dome, com público de 62.046 pessoas.
Várias celebridades são mostradas ao longo dos episódios como Muhammad Ali, Leonardo di Caprio, Barack Obama, Oprah Winfrey, Nas e até o humorista Jerry Seinfeld. O ano de encerramento da famosa série coincidiu com a última temporada de Jordan em Chicago.

Porém, foram as polêmicas da carreira de MJ que se destacaram nos episódios, e com razão. Controvérsias como vetar Isiah Thomas no Dream Team de 1992, o comportamento abusivo com alguns companheiros de equipe e os vícios em apostas foram chave para tirar Jordan do pedestal de ‘Deus disfarçado’ e mostrar que ele falha muito, que a mentalidade competitiva cria seres humanos problemáticos.
Outro foco importante foi nas eleições para o senado na Carolina do Norte em 1992. Jordan, uma das principais figuras pretas do mundo, se isentou na hora de apoiar o candidato Harvey Gantt contra o racista Jesse Helms.
Bajular Jordan é muito fácil. E aqui, ‘The Last Dance’ tem o seu maior acerto ao humanizar o herói, e olha que ainda tem muita coisa interessante por vir. Seguindo a ordem cronológica dos fatos, o próximo episódio deve tratar do assassinato de James, o pai, em 1993. Foi um dos estopins para a estrela abandonar o esporte após a conquista do primeiro tricampeonato.
NOTA: 10/10
