O presidente Jair Bolsonaro apareceu em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18) depois que o ministro do GSI, Augusto Heleno, testou positivo para o coronavírus. Naquele momento, era o 16º membro da comitiva que foi aos Estados Unidos para encontro com o presidente local, Donald Trump, que havia contraído o vírus. O número foi atualizado logo no começo da fala do presidente: o 17º passou a ser Bento de Albuquerque, ministro de Minas e Energia.
A coletiva continha dez membros, com grande parte do gabinete ministerial. Já é possível listar uma série de erros e mentiras nos atos e palavras. São eles:
1) Nenhum dos participantes estava a 1 metro de distância um do outro conforme indicação da OMS.
2) Usar máscaras só é indicado se, e somente se, as pessoas não estão com sintomas do COVID-19.
3) Retirar a máscara para falar, como fizeram Paulo Guedes, Sergio Moro e o próprio Bolsonaro — já que quem usa está com os sintomas —, jogar em uma superfície — como a mesa — e voltar a usar.

4) Bolsonaro negar que convocou o povo para manifestações do último domingo, alegando que havia feito apenas cinco anos atrás.
5) Bolsonaro sugerir que pode ter pegado vírus no contato com os manifestantes quando diz que esteve “ao lado do povo, sabendo dos riscos que eu corria”.
6) Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde, dizer que todos os casos foram identificados sendo que a primeira morte no Brasil nem constava como positivo para coronavírus.
7) Bolsonaro ainda vê o coronavírus como “histeria” e que não deve haver “comoção nacional”.
8) Délis Ortiz, repórter da Globo, pedir desculpas ao iniciar e perdão ao terminar a pergunta que fez ao presidente.
9) Bolsonaro dizer ‘hoje vou assistir a Globo, coisa que não faço há muito tempo’, minutos depois de ter falado que estava assistindo o jornal da emissora para saber se falariam das supostas manifestações a seu favor.
10) Mandetta dizer que a população da Coreia do Sul é de 4 milhões e que seu tamanho é dos estados de Alagoas (27,7 km²) ou Sergipe (21,9 km²), sendo que aquele país tem cerca de 52 milhões de pessoas e 100,2 km².
